quarta-feira, 3 de março de 2010

O Conceito de Beleza


O que é a beleza para você?
Qual a importância dela em sua vida?
A estética desempenha um papel importantíssimo em todos os campos de nossas vidas, e é determinante na maioria de nossas escolhas.
“As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental” Vinicius de Morais
Mas, a beleza existe em diferentes níveis e a idolatria de um padrão leva, infelizmente, a aberrações como a que eu li agora a pouco:
A tal de “ Barbie Humana”, Sarah Burge, resolveu aplicar botox na sua meiga e fútil filhinha de 16 anos. Hanna Burge tinha 15 anos quando começou a se submeter ao procedimento, e comemora ter sido a mais nova do mundo a se submeter ao B. (como é chamado o botox entre suas amigas). Motivo? A pobre menina estava insatisfeita com as ruguinhas que via no espelho. Como é que uma garota nessa idade tem rugas? A menos que trabalhe de sol a sol no deserto do Saara eu acho bem difícil...
Para que tudo isso? Quem não se lembra do Dr. Rupert Burns dizendo para o robô Andrew Martin, no filme “O Homem Bicentenário”, que a beleza está nas imperfeições? São as imperfeições - desde que não sejam grotescas - que nos tornam únicos e desejáveis!
Passeando pela net, encontrei um resumo dos tipos de beleza definidos pela biologia:
1. Beleza do primeiro tipo. Surge das relações dos elementos no interior de um modelo. Essas propriedades são a coerência, a simetria, o equilíbrio, a clareza, a simplicidade, a harmonia, a elegância, a unidade, a continuidade e – talvez o mais importante – a adequação. Descrevem um certo tipo de ordem no interior de um modelo.
2. Beleza do segundo tipo. Refere–se menos a um objeto e mais a uma relação pessoal entre o objeto e quem o contempla. Ou seja, ligação, familiaridade, confiança, empatia, ou a possibilidade de participar pessoalmente de algo. Pensamentos e objetos adquirem valor estético quando nos tocam pessoalmente, nos emocionam, quando refletem algo de nós, quando nos identificamos com eles de alguma forma, ou projetamos neles nossos pensamentos e emoções.
A beleza do segundo tipo está na base de fenômenos tão distintos como a simpatia, a sensação de pertencer a um lugar e também nossa predileção por teorias e idéias de acordo com nossa visão de mundo. Além disso, não é simplesmente a familiaridade que produz o valor estético, mas uma particular mistura do novo e do familiar.
3. Beleza do terceiro tipo. Os critérios de beleza são estímulo, excitação, novidade, complexidade, mas também criatividade. É belo sentir–se criativo. A beleza não refere apenas a objetos, mas também a ações. Pode ser belo fazer novas descobertas, produzir
arte, escrever livros, ou expressar as próprias idéias. A beleza dessas ações não depende tanto de o objeto produzido ter sido belo: a questão mais importante é se lidar com esse objeto foi uma experiência estimulante.
4. Estética elementar. Esta é a categoria que melhor corresponde à concepção da beleza como experiência sensorial e sensação de prazer. Nossa preferência por sons harmônicos, paisagens fluviais, rostos simétricos ou corpos bem moldados faz parte desta categoria. A característica central das teorias da estética elementar é que os objetos não possuem nenhum caráter simbólico adicional. Uma rosa, nesse aspecto, é realmente uma rosa, não um sinal de afeto, nem um símbolo romântico, nem uma metáfora para o florescimento e a decadência.
Sempre defendi, e até escrevi um texto sobre isso (Bonito é quem nos faz bem!), que a beleza vem de dentro para fora, e as empatia que sentimos por alguém é que torna este belo aos nossos olhos. É a beleza do segundo tipo. Acredito que esse tipo de “boniteza” deva ser mais valorizado, embora eu saiba que o que todos querem mesmo seja encontrar alguém que se encaixe nos quatro níveis. Definitivamente não é o caso da Sra. Burge... Mas fazer o que? Na vida, não se pode ter tudo...

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